Um Palácio da Liberdade restaurado e cada vez mais preservado e belo para a sociedade. A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais apresentou segunda-feira (06/03) o projeto de restauração em uma parceria firmada com o Ministério Público. A última intervenção no local foi concluída em 2006.
O valor completo da restauração, segundo o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), é de R$ 9 milhões. A parceria firmada entre o Governo de Minas Gerais e o Ministério Público de Minas Gerais foi confirmada pelos secretários de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira e pelo Procurador-Geral, Jarbas Soares Júnior.
Esse valor já acertado é fruto de indenizações obtidas em ações civis e acordos judiciais. De acordo com Jarbas, o dinheiro não é diretamente do Ministério Público de Minas Gerais, mas sim de recursos recuperados da sociedade destinados à reparação de bens lesados do patrimônio cultural.
“O Palácio da Liberdade, que é um patrimônio de todos, hoje não está lesado, mas sim avariado, portanto, há necessidade de restauração e esses recursos são exatamente para restaurações culturais e do patrimônio brasileiro e mineiro. Nos sentimos prestigiados em poder participar dessa ação com o Governo de Minas Gerais”, afirma o procurador geral do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior.
A RESTAURAÇÃO – O diagnóstico feito pelo Iepha-MG constatou em última análise que a restauração precisa ser realizada urgentemente, principalmente em seu telhado. O Palácio da Liberdade, que é administrado pela Secult, tem se deteriorado devido ao seu uso constante e, principalmente, devido às últimas chuvas, segundo o secretário.
“Essa medida de restaurar o Palácio nesse momento vem de acordo com o diagnóstico feito pelo Iepha e da necessidade da restauração para consolidá-lo, recuperar o seu telhado e, sobretudo, recuperar os danos sofridos pelo tempo e, mais recentemente, pelos danos causados pelas chuvas dos últimos dois anos”, explica o secretário Leônidas Oliveira
Ainda segundo o secretário de Estado, as obras de restauro devem durar, no mínimo, um ano, exceto a dos telhados, que necessita de mais urgência. “A restauração, naturalmente, tem um tempo de duração maior, pois é preciso realizar um diagnóstico, avaliação das pinturas, além de um outro detalhe muito importante: a restauração da mobília, que ainda não foi feita.”
Há também um desejo de modernização do prédio que já foi o cenário de grandes acontecimentos do Estado desde 1898, ano em que foi inaugurado, sendo sede do Governo de Minas Gerais até 2010. As paredes, pinturas, iluminação e mobiliários do Palácio também entram no planejamento do restauro, além disso, a tenda usada para realização de eventos, será transferida para uma quadra que não é mais utilizada dentro de seu território, dando espaço para o resgate do projeto original dos jardins.
O PALÁCIO – Hoje, aberto ao público, o prédio histórico faz parte do Circuito Liberdade, administrado pela Fundação Clóvis Salgado, é um dos principais cartões postais da cidade, e conta com uma arquitetura eclética, projetado pelo arquiteto José de Magalhães, refletindo a influência do estilo francês, com requintes de acabamento e riqueza de elementos decorativos.
Em seu interior podem ser vistos os candelabros em bronze dourado, o piso em parquet, seus lustres em cristal, os painéis alegóricos, seus torreões, a beleza da escadaria principal encomendada a uma empresa da Bélgica e o rico mobiliário. Na área externa do Palácio encontram-se os jardins, projetados originalmente por Paul Villon seguindo o estilo inglês e que passaram por reformulações ao longo do tempo, quando foram incluídos elementos decorativos como esculturas e fontes.
SERVIÇO:
Praça da Liberdade, s/n Belo Horizonte – MG/Brasil
FUNCIONAMENTO
Quarta à Sexta de 14h às 17h (última entrada) | Sábados e Domingos: 10 às 17 horas (Cadastro na hora) | Visitas mediadas: (não precisa agendamento) | Quarta à Sexta – 15 horas (25 visitantes por grupo) | Sábados e Domingos – 11h e 15 horas (25 visitantes por grupo)
Foto: Leo Bicalho