A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) divulgou nesta quarta-feira (25.10) que nas primeiras duas semanas de outubro, as usinas localizadas no Centro-Sul do Brasil processaram um total de 32,77 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Um aumento de 17,64% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Considerando o acumulado da safra 2023/24 até a metade do mês, as usinas já processaram 525,99 milhões de toneladas de matéria-prima, o que representa um aumento de 14,47% em relação à temporada anterior de 2022/23.
Embora a previsão de encerrar a safra com uma moagem superior a 605 milhões de toneladas permaneça inalterada, a Unica observa que isso dependerá do prolongamento do período de atividade em algumas unidades industriais, bem como das condições climáticas favoráveis para a colheita nos próximos meses.
Um ponto destacado pela Unica é o aumento da produtividade dos canaviais na safra atual. O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) estima um rendimento 22,3% superior, alcançando 91,1 toneladas de cana por hectare colhido.
Além disso, a qualidade da matéria-prima fornecida às usinas tem melhorado significativamente. A primeira quinzena de outubro registrou uma média de 149,57 quilos de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana, um aumento de 3,84%.
Nas primeiras duas semanas de outubro, as usinas de cana do Centro-Sul do Brasil fabricaram 2,25 milhões de toneladas de açúcar, registrando um aumento de 21,98% em relação ao mesmo período da safra passada.
No acumulado da safra 2023/24, desde 1º de abril, as usinas já produziram 34,86 milhões de toneladas de açúcar, um aumento de 23,65% em relação ao mesmo período da temporada de 2022/23.
A produção de etanol também cresceu, totalizando 1,77 bilhão de litros nas primeiras quinze dias de outubro. Isso representa um aumento de 27,82% em comparação ao mesmo intervalo do ano passado, com 730 milhões de litros de biocombustível anidro (um aumento de 2,76%) e 1,04 bilhão de litros de etanol hidratado (um aumento de 54,12%).
No acumulado da safra 2023/24, a produção totalizou 25,20 bilhões de litros de biocombustível, o que representa um aumento de 10% em relação à temporada 2022/23. Deste total, 14,85 bilhões de litros foram de etanol hidratado (um aumento de 8,97%) e 10,35 bilhões de litros de etanol anidro (um aumento de 11,53%).
O mix de produção nesta safra continua indicando uma ênfase maior na produção de álcool, com mais da metade da matéria-prima direcionada para a fabricação deste combustível. No entanto, a proporção diminuiu em comparação com a safra anterior, com 50,56% destinados ao etanol e 49,44% ao açúcar.
Por fim, as vendas de etanol totalizaram 1,26 bilhão de litros na primeira quinzena de outubro, um aumento de 4,63% em comparação ao mesmo período do ano anterior. É importante observar que as vendas do etanol anidro caíram 8,52%, totalizando 438,05 milhões de litros, enquanto as vendas de etanol hidratado aumentaram 13,27%, chegando a 825,72 milhões de litros.
No mercado interno, a demanda por etanol foi de 782,01 milhões de litros, registrando um aumento de 15,95%. A Unica observou que, de acordo com os dados de preços de revenda publicados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a semana que terminou em 21 de outubro, o etanol hidratado tem apresentado paridades atrativas nas cidades correspondentes a 75% do consumo nacional de combustíveis.
Fonte: Pensar Agro