Exposição segue até o dia 27 de fevereiro, no Museu Mineiro, localizado no bairro Lourdes
Quem observar a planta de Belo Horizonte, elaborada em 1895 pela Comissão Construtora da Nova Capital, verá algumas diferenças significativas em relação à cidade tal como foi construída. Além da área original do Parque Municipal – aproximadamente o triplo da sua área atual -, há uma série de indicações de edifícios que não chegaram a ser erguidos, tais como um Palácio para o Congresso Mineiro (sede do Poder Legislativo estadual na República recém-proclamada); um cassino, um restaurante e um observatório, que seriam construídos no Parque Municipal, além de outros espaços.
A cidade imaginada pelos seus construtores, inspirados pelos ideais republicanos e positivistas da República proclamada no país no fim do século XIX, é tema da exposição “Belo Horizonte: cidade imaginada”, realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio das Diretorias de Museus (Dimus) e do Arquivo Público Mineiro (APM), e com patrocínio da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
A exposição fica aberta para visitação até o dia 27 de fevereiro, no Museu Mineiro. A visitação pode ser feita de terça a sexta-feira, das 12 às 19 horas; e nos sábados, domingos e feriados, das 11 às 17 horas. Não é necessário retirar ingresso.
A exposição apresenta aos visitantes aproximadamente vinte desenhos que representam os projetos de edifícios públicos planejados pela Comissão Construtora da Nova Capital. Os motivos para a não concretização destes projetos são vários: desde questões orçamentárias até a complexidade exigida. Entretanto, o passeio pelos desenhos permite compreender as expectativas e os ideais em torno da construção da capital de Minas Gerais.
Segundo o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a exposição “Belo Horizonte : Cidade Imaginada” celebra a criação originária de Belo Horizonte. “Uma cidade positivista, que antecede a modernidade. Positivismo que tem características como o ângulo reto, com linhas quadriculadas, como é o traçado de Belo Horizonte, em si mesma. BH que é cidade planejada, síntese da mineiridade. É uma exposição muito bonita onde podemos conferir documentos originais desse momento da até capital das Minas, capital das Gerais e hoje, capital desse grande estado, Minas Gerais”, afirmou.
Os documentos em exposição compõem o acervo arquivístico da Comissão Construtora da Nova Capital, custodiado pelo Arquivo Público Mineiro e proveniente da Secretaria da Agricultura. Em 2015, esse conjunto de documentos sobre a construção da capital mineira foi registrado pelo Comitê Nacional do Programa Memória do Mundo (Memory of the World – MoW), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Nesta condição, o patrimônio documental da Comissão Construtora teve sua importância reconhecida como patrimônio nacional e da humanidade.
Já os documentos custodiados pelo Arquivo Público Mineiro podem ser regularmente consultados por todos os cidadãos, de segunda a sexta-feira, das 09 às 17 horas, mediante agendamento. As fotografias e os documentos cartográficos (mapas e plantas) da Comissão Construtora da Nova Capital podem ser consultadas online, pelo site www.siaapm.cultura.mg.gov.br.
Exposição Belo Horizonte: Cidade Imaginada
Onde: Museu Mineiro
Avenida João Pinheiro, 342, Lourdes, Belo Horizonte.
Quando: terça a sexta-feira, das 12 às 19 horas; sábado, domingo e feriado, das 11 às 17 horas.
Valor: gratuito